sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Che Gevara na sua camiseta,o planeta na sua cama".. Marxismo hoje




Muito se indaga atualmente: o que é ser marxista nos tempos modernos ?!


Tanto na academia quanto na militância vemos um intenso duelo de vaidades,com vários "marxismos", cada qual tomando pra si o título e a teoria á sua maneira nos diferentes grupos de esquerda, "ser marxista é isso e não aquilo". Disputa que por sinal dá um caráter quase religioso á teoria,ancorado pelas pelas palavras do sagrado livro "Capital",sendo passível de várias interpretações e logo várias rupturas analíticas,diferente dos liberais sempre unidos em torno do ideal do lucro desenfreado sobrepondo o ser humano pelo material,sem grandes rivalidades e divergências teóricas internas.


Contudo na minha modesta concepção ser marxista hoje,ou mesmo pseudo-marxista como dizem os inimigos políticos,é ter que se enquadrar aos novos tempos (olha que reacionário!!!), mas o fato é que muitos esquerdistas ortodoxos ficam seguindo padrões antigos de luta,desprezando muitas vezes a luta institucional que pode ser um caminho viável,talvez como meio e não como fim,cegos numa ideologia inflexível e radical. O fato é que (infelizmente) os tempos são outros,o capitalismo faz sua manutenção contínua,tanto no âmbito de mercado quanto ideológico,o neoliberalismo se rearticula e permanece com seu mecanismo segregatório,sempre com um discurso retórico polido e sedutor,enquanto a esquerda fica batendo cabeça em torno da fogueira das vaidades.


Diante disso o marxismo passa por um processo de isolamento e fragmentação contínua,cada um gritando inutilmente na multidão.


Não se trata de sair proclamando a tão profetizada e longínqua revolução (se é que a mesma ocorerrá ,pra sermos realistas),e sim como alternativa tentar um apoio as armas que temos nas mãos.Talvez a social democracia,em moda na América Latina,seja um forma do ideal continuar vivo,dosando assim o grau de injustiça do capitalismo selvagem,lutando ao menos por uma correlação de forças,um mal necessário em nosso processo histórico atual,considerando que esse "equilibrio" seja fundamental, até que o gigante mecanismo do capital se enfraqueça diante do seu próprio veneno,e se deteriore diante do seu próprio funcionamento contraditório,o famoso tiro no pé.


Eis o que se tem nas mãos,nossa luta e nossos ideais,nosso vulção adormecido que nunca pode cessar,estamos vivos ainda..ATÉ A VITÓRIA SEMPRE..


Nenhum comentário: